O Convênio MAR realizou em Aracaju, na semana passada, o Workshop de Pesquisa e Capacitação dos Médicos Veterinários que atuam no Programa Regional de Monitoramento de Encalhes e Anormalidades (PRMEA) da Bacia SEAL – medida de avaliação de impactos ambientais exigida pelo licenciamento ambiental federal, conduzido pelo IBAMA. A capacitação aconteceu na base Farolândia da FMA, nos últimos dias 11 e 12.

O evento foi dividido em teoria e prática, com temas relacionados à reabilitação de tartarugas marinhas, parasitas de importância e lesões associadas, formas de coleta, conservação de amostras e discussões de casos. Amigo da FMA desde 2011, representante da BW Consultoria Veterinária, o médico veterinário Dr. Max Werneck, levantou discussão com a equipe sobre parasitologia em tartarugas marinhas, sua especialidade. “Já faz um bom tempo que eu e a Fundação interagimos de alguma forma, analisando materiais coletados, e publicando trabalhos científicos. Sempre colhemos bons frutos e essa oportunidade de vir compartilhar conhecimento com a equipe é interessante”, avalia.

Segundo ele, o nível da equipe de veterinários do Convênio MAR é compatível aos esforços realizados em prol da conservação marinha: “É bem alto. Isso parece ser reflexo da Fundação de um modo geral, diante de todos seus trabalhos publicados e tamanha experiência no segmento. Sem dúvida é um prazer ter compartilhado com a FMA um pouco do que fazemos”, finaliza Dr. Max Werneck.

Já a médica veterinária do Laboratório de Química Orgânica da Universidade de São Paulo (USP), Drª Paula Baldassin, participou na manhã do dia 12, trabalhando a temática ‘contaminantes ambientais’. Em seguida teve espaço ainda para discussão e esclarecimento de dúvidas, pois no período da tarde, a equipe colocou a mão na massa e praticou os conhecimentos adquiridos na parte prática do evento realizada em laboratório.

Para a coordenadora da equipe PRMEA, Janayna Bouzon, a capacitação foi uma oportunidade de renovar conceitos e reavaliar procedimentos. “É importante haver essa troca de conhecimentos, pois a equipe atua de forma constante na reabilitação de animais marinhos e necessita sempre de atualização e novos olhares”, considera.

Texto de Raquel Teixeira de Figueiredo Passos

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